Convivência, negociação, simbiose, metamorfose, trocas, conflito e regeneração: toda a complexidade vibrante de ecossistemas rurais e urbanos permeou as vivências de Azizi Cypriano, Lorena Portela, Yaminaah Abayomi e Rubens Takamine durante o período de residências do projeto Cidade Floresta.
Ao longo de cinco semanas, entre caminhadas e pausas, experimentações e reflexões, banquetes e fermentações, vários disparos poéticos e políticos foram lançados. Nesse período, o grupo de artistas percorreu trajetórias individuais, coletivas, geográficas e conceituais que agora se materializam na mostra Início, meio, início.
A duração de programas de residência artística muitas vezes tem a fluidez como destino. Tudo continua a acontecer mesmo após o período de imersão, e o fim acaba se confundindo com o início. Na mostra, as artistas exploram essa ideia e invertem a lógica dos valores em vigor, que premia a chegada, a realização, o circuito fechado. Reverenciam, assim, a divagação como projeto e o processo como intenção.