Convivência, negociação, simbiose, metamorfose, trocas, conflito e regeneração: toda a complexidade vibrante de ecossistemas rurais e urbanos permeou as vivências de Azizi Cypriano, Lorena Portela, Yaminaah Abayomi e Rubens Takamine durante o período de residências do projeto Cidade Floresta.

Ao longo de cinco semanas, entre caminhadas e pausas, experimentações e reflexões, banquetes e fermentações, vários disparos poéticos e políticos foram lançados. Nesse período, o grupo de artistas percorreu trajetórias individuais, coletivas, geográficas e conceituais que agora se materializam na mostra Início, meio, início.

A duração de programas de residência artística muitas vezes tem a fluidez como destino. Tudo continua a acontecer mesmo após o período de imersão, e o fim acaba se confundindo com o início. Na mostra, as artistas exploram essa ideia e invertem a lógica dos valores em vigor, que premia a chegada, a realização, o circuito fechado. Reverenciam, assim, a divagação como projeto e o processo como intenção.

Aqui, tudo é lança – artefato ancestral que mira o futuro enquanto atravessa o hoje, com todas as inquietações de corpos que navegam no chão de concreto, da mata e nas intersecções entre um e outro. Os processos começam, se alastram e permanecem vivos como uma semente que germina e produz novas sementes ou como a folha da bananeira que serve de matéria orgânica para a própria bananeira. Passado, futuro e presente se retroalimentam e se encontram no mesmo lugar.

Astrid Kusser
Consuelo Bassanesi
Maíra Marques
Ynaiê Dawson

Os gestos-linguagem de Azizi Cypriano

O gesto que deglute o ato na imanência do seu significado. O ato que se supera sem explicações, mãos que se entrelaçam ávidas à procura de um sentido a dois, travessão que liga duas ou mais palavras, corrente que prende a tensão por forte faro, olfato que complementa e perfuma o instante do ato, fruta madura, sem razão aparente no seu existir, que não se pergunta, que se exprime só no seu existir.

LYGIA CLARK
Breviário sobre o Corpo.
In: Arte&Ensaios 16. 65 p. Rio de Janeiro: PPGAV EBA, 2008.

Minhas raízes descem às profundezas do mundo, varando a terra seca e a terra úmida, atravessando veios de chumbo e prata. Sou todo fibras.

VIRGINIA WOOLF
As ondas.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

Azizi entra na sala, e imediatamente penso como sua presença é marcante – como se o corpo tivesse total consciência de sua força, e dela tomasse posse. Generosa, compartilha comigo sua história de desterro, dor e transformação. Narra como seu fazer artístico nasceu junto à compreensão de ser diferente, e como assumir cada vez mais sua diferença tornou-se, então, uma potência. 

Entre a revolta, o grito e a queima, a artista fez de seu processo um rito que atravessa arte e vida. Nada será como antes após uma experiência traumática, assim como nada será como antes após a transformação ritual de uma dor em performance, como na psicomagia. Cura que se faz em camadas, como as finas membranas que cobrem uma cicatriz, que é índice de memória, assim como da superação sempre em curso. Cura que encontra nos ancestrais e na palavra um meio de tecer uma rede imaginária de apoio e cuidado, real e simbólica.

Na série movimento-grafia, performance e escultura se unem. O gesto em movimento levanta uma estrutura-linguagem que precisa se sustentar sobre o solo, desafiando a gravidade, metafórica e literalmente. A cada trabalho da série, a artista constrói uma letra de um vocabulário simbólico imaginado em referência ao Candomblé. A cada símbolo-assentamento estamos diante da presença invisível de um orixá. Aos olhos do público, os símbolos, feitos em barro, gravetos, bambu e palha, tornam-se sensação e encontro com um idioma desconhecido – experiência poderosa de estar diante do mistério. As cenas são sempre situadas, pois cada paisagem escolhida é também informação.

No vídeo “Além das Águas” viajamos no espaço e no tempo, ora acompanhando as agruras do encontro violento com a sociedade colonial, ora entrando na intimidade familiar da artista, que relata a importância de mulheres fortes e amorosas que se tornaram referência de luta. Azizi encontrou em sua avó e bisavó a imagem e afeto de uma ancestralidade que a ajuda a “gestar um corpo travesti negro em sua plenitude”, como escreve. Encontrou no terreiro uma casa para abrigar sua subjetividade sensível, que tensiona e transcria as questões de raça e gênero. 

O corpo tornou-se material principal desta artista, pois em sua carne e silhueta já se encontram as principais questões do trabalho. Corpo que marca a diferença ao padrão opressor; corpo cuja presença alegre é em si resistência constante. No processo de Azizi, corpo é cultura.

Arte e natureza são inseparáveis nos processos de movimento-grafia – arte-natureza encarnada no corpo em performance, no ambiente, na luz, nos materiais naturais das esculturas, no chão de terra, além da camada imaterial da natureza evocada pela referência aos orixás. Masculino e feminino estão tensionados e atravessados, no corpo e nos gestos que moldam o barro, matéria viscosa que remete à feminilidade e à fertilidade, assim como se ergue, por vezes fálica, encarnando a liberdade de transitar entre os gêneros e transcendendo qualquer categoria conservadora. 

Durante a residência Cidade-Floresta, Azizi conciliou trabalhos espirituais e a imersão artística. Os desejos do santo e seu desejo de viver arte eram ambos inadiáveis. Em meio a muitas demandas, a residência acabou por se tornar um momento de reflexão sobre os limites do corpo e de como é preciso criar o tempo para o descanso e o devaneio. Afinal, quando arte e vida se entrelaçam é preciso resistir às pressões capitalistas de produtividade desenfreada. Parar, descansar e pensar são igualmente trabalho artístico, assim como curar uma gripe e sentir o calor do sol penetrando a pele. 

Azizi me conta que, diante dessa experiência, foi convocada a trazer a presença de Omolu no movimento-grafia aqui apresentado. Me conta que Omolu é um orixá associado à terra e encarna as relações entre a doença e a cura. Mais uma vez, o processo artístico transforma-se em rito que costura arte e vida. Diante de sua performance, nos transportamos para a experiência sensorial, que pode tanto suscitar o erotismo expandido na natureza, quanto o alívio de se permitir um tempo atento aos outros sentidos do corpo, decifrar mensagens visíveis e invisíveis, e deixar a racionalidade evaporar, ainda que por alguns instantes.

Mari Fraga, 2023.

Superfície de contato: abrir-se ao outro no processo de Lorena Portela

Se tudo está em tudo é porque no mundo tudo deve poder circular, se transmitir, se traduzir. […] Se o mundo está em todos seus entes, isso significa que todo ente é capaz de transformar radicalmente o mundo.

EMANUELLE COCCIA
A Vida das Plantas: uma metafísica da mistura.
Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2018.

Lorena chega com sorriso aberto e cores esvoaçantes. Conta um pouco de sua vida, cheia de vertentes diversas, e logo o esforço de conciliar a prática artística entre outras atividades profissionais – engenharia ambiental, agroecologia e saúde coletiva – aparece como tema. Penso como a arte é a pupila no olhar sensível dessa artista, ainda que, por vezes, se encontre abaixo da superfície. 

Como fazer com que o processo contamine as demais práticas – a ponto de que não seja mais possível diferenciar a Lorena artista e a Lorena pesquisadora – é um desafio. Aos meus olhos, Lorena já é artista-pesquisadora, pois uma vez polinizada pela arte, já não é mais possível dela se separar. O olhar artístico passa a ser como a pele, uma superfície de contato com o mundo, intuindo poesia e contrastes por todos os lugares onde é tocada.

É no coletivo que a artista-pesquisadora aparece com mais frequência: como co-coordenadora de um projeto de agricultura urbana no Morro da Providência, o Providência Agroecológica, Lorena inventa modos de sensibilizar e pensar a ecologia através da arte. Fica evidente nesse trabalho como a natureza é inseparável da vida e da cidade – afinal, socioambiental se escreve junto. Trabalhar com a natureza na cidade é pensar em sua dimensão humana – como afeta a saúde, a alimentação, e como a agroecologia pode ser aliada na justiça social.

A prática de Lorena se expande em direção ao coletivo, com suas contradições e riquezas – e então ela se torna propositora, mobilizando sensações e pensamentos. Entre muitas técnicas e experimentações em desenho, pintura, grafitti, em paralelo à pesquisa, Lorena se pergunta: que fio une todas essas práticas? – e eu penso em como essa costura interdisciplinar tem de escolher caminhos, ao mesmo tempo em que se mantem flexível. 

A série de desenhos de caminhos faz pensar nesta artista itinerante, sempre a se mover tanto em espaços físicos quanto em espaços institucionais e independentes. Em travessias coletivas, Lorena traduziu em desenho duas longas caminhadas: 55km até Canudos seguindo a rota dos conselheristas, e 186km pelo sertão de Guimarães Rosa. As composições de contrastes e traços espontâneos carregam a força transformadora da experiência situada na paisagem.

A série de mantos – pinturas sobre tecidos feitas para vestir – faz pensar novamente na arte que se torna epiderme, cobrindo o corpo de cores, texturas e abstrações. Na residência Cidade-Floresta, Lorena uniu os desenhos e os mantos, mergulhou no seu processo para descobrir uma metodologia a ser proposta ao coletivo. O manto coletivo já está em processo na oficina com mulheres no Morro da Providência, ao mesmo tempo em que a artista apresenta seu trabalho individual na exposição.

Nesta mostra, o manto de Lorena paira no ar, como uma pele voadora. O sonho foi o motor dessa criação, de onde surgiram as imagens e cenas da peça. Lorena me diz que os mantos falam da natureza como essa dimensão sagrada, mas também muito humana, de fertilidade e saúde. Como elaborar um campo de criação do sutil e propor ao outro a potência transformadora da arte, tendo em vista que o cultivo da sensibilidade é também uma dimensão de dignidade? – ela se pergunta, já pensando a agroecologia como esse campo de possibilidades dentro de seu processo.

O manto traduz a imersão Cidade-Floresta em duas faces: na parte de cima os desenhos remetem ao céu e ao ciclo das estações, expressões que explodem em cores e matérias, circulando como uma narrativa em que todo fim é um novo início. Já na parte inferior, o trabalho invisível da natureza aparece em cores que remetem ao solo fértil e à compostagem. As duas faces estão em diálogo, por meio de manchas que atravessam a espessura do tecido, conectando dimensões.

Lorena me conta que, no sonho, um pássaro precisava de um novo alimento: um alpiste azul. Fiquei com essa imagem poderosa, que me fez pensar no processo artístico que escapa ao controle, voa e se transforma, e sobre como é preciso alimentar o desejo com novas substâncias. Talvez a vontade de criar, a um só tempo sutil e visceral, precise guardar dentro de si um pouco de céu.

Mari Fraga, 2023.

Entre o descanso e o despertar: a natureza-sonho de Rubens Takamine

Meu cabelo é feito de flores. Estou enraizado no centro da Terra. […] Agora, sinto o aroma dos gerânios; cheiro de húmus. Danço. Agito-me. Sou lançada sobre você como uma rede de luz.

VIRGINIA WOOLF
As ondas.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

Rubens se senta diante de mim, e é como se nos conhecêssemos há anos. Tanto em comum, em referências e interesses, mas é sempre surpreendente em encontros como esse em que compartilhamos muito e, ainda sim, as poéticas serão sempre singulares e únicas, como as pessoas. A forma como Rubens articula natureza, tecnologia e espiritualidade é de uma habilidade muito particular. Tudo se encaixa com tamanha naturalidade e leveza que faz pensar em autopoiesis – a capacidade da vida de criar a si mesma.

A sensação de facilidade e simplicidade, porém, é somente aparente aos olhos externos. Na realidade, da elaboração conceitual às composições estéticas, os processos de Rubens são repletos de uma atenção cuidadosa aos detalhes. Em alguns trabalhos, o artista tece relações entre as máquinas, o humano e as plantas que aparentam uma delicadeza impar – como nas tramas com fios e trepadeiras, que contornam relações e vazios.

A referência à cultura oriental aparece de muitas maneiras, como na suavidade das formas e no modo de investigar as espécies vegetais. Nesta pesquisa, o artista nos apresenta a medicina oriental como um conhecimento em que cura, alimento, corpo e espiritualidade tornam-se inseparáveis. Cada espécie escolhida é um ser com características medicinais próprias, com as quais o artista tece associações conceituais com seu momento de vida, seus afetos, sua ancestralidade. 

O corpo é um material especial para o artista – e novamente nos deparamos com a cultura oriental, que aparece não só em suas feições, mas também no modo de se mover e dançar. O treinamento do Butô permite que Rubens se movimente com tamanha precisão e fluidez que parece flutuar. É um corpo de cuidado e afeto, como vemos no vídeo “Ikigai”, em que cuida das pernas de seu pai com folhas de babosa. Os gestos de colher, cortar a planta e massagear são tão delicados quanto sua dança.

Na residência Cidade-Floresta, Rubens desejava pesquisar o sono e elementos que envolvem o bom descanso, como meditações, sonhos, chás e incensos naturais. Ele me disse que ao pensar sobre o sono, questionava o cansaço onipresente na sociedade capitalista que nos quer sempre alertas para produzir mais e mais – do trabalho formal ao trabalho não-remunerado de consumir a enxurrada de informações das mídias digitais. A pesquisa desenharia um gesto de cura contra o esgotamento coletivo.

Nas duas viagens da residência, Rubens encontrou outro tempo. Se encantou pelas práticas rurais e percebeu que o corpo se cansava nestas atividades de uma outra forma, bem mais saudável. O cansaço de trabalhar ou caminhar o dia todo na natureza é diverso do cansaço da cidade. Rubens me disse que viu o descanso aparecer expandido na natureza. As nuvens dormiam no alto das montanhas, os cachorros descansavam na pedra – e com eles deitou e dormiu.

Esse outro descanso fez o artista pensar sobre o ato de despertar, como dois lados de uma mesma experiência. O trabalho vigoroso na lavoura, o café e a canela apareceram, então, como nova camada para a pesquisa – transformada em experiência sensorial, fotografia, instalação e performance. Presente em criações anteriores, os espelhos partidos reaparecem e remetem à nossa subjetividade fragmentada.

Talvez seja possível viver de outra forma, menos exaustiva, ele me disse. Talvez seja possível equilibrar o despertar e o descanso e compartilhar este equilíbrio com a natureza – plantas, animais, paisagem. O desejo que move a arte pode nos levar a imaginar um outro modo de vida, pensei. Afinal, em dias de cansaço, o que mais podemos querer da arte além de que nos deite no alto de uma montanha e faça sonhar com o movimento das nuvens?

Mari Fraga, 2023.

Sonho, céu e floresta: o corpo que voa na poética de Yaminaah Abayomi

O sonho repousa na asa de uma ave voadora e não acontecerá sem que seja contado a alguém.
disse o Profeta, em Hadith – Corão

PETER LAMBORN WILSON
Chuva de estrelas: o sonho iniciático no sufismo e no taoísmo.
São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2004.

Suave e quase levitando, Yaminaah entra na sala, e minha sensação era de encontrar um pássaro. Me aproximei com cuidado; cada palavra era um gesto de confiança para que pudéssemos aos poucos estar juntas. Ela me contou sua história como quem abre uma caixa de relíquias. Os relatos desvelavam camadas e camadas de mais histórias, pessoais e familiares, e cada uma delas abria um universo de fabulação envolvente.

Compreendi aos poucos que estava adentrando o cosmos onírico de uma artista que pulsa sensibilidade e tece cotidianamente relações entre o sonho e a realidade. Ela me convidou a entrar em sua “sala de espera” – um de seus lugares de sonho, traduzido em desenho, vídeo e realidade virtual. Nesta sala de espera, o ponteiro do relógio gira mas o tempo não passa. As nuvens na janela fluem e a voz de Yaminaah nos convoca para uma viagem junto ao seu pensamento. 

A oralidade aparece em diversos trabalhos da artista, como um guia de narrativas cujo conteúdo é composto também por tons de voz e cadências de falas, de modo que as obras se tornam experiências de escuta presente. No vídeo “Glória”, entramos na floresta e encontramos uma mulher de um azul reluzente. A água é um veículo para nos perdermos entre o relato de uma história real e dramática, imagens repletas de metáforas, e a performance da artista com o corpo coberto de azul na beira do rio, dentro da floresta. Corpo, natureza, vida e imaginação tornam-se lados de uma mesma realidade, que se transforma no fluxo de emoções, entre águas e lágrimas.

Apaixonada pelo céu, em pesquisa que percorre ciência, mitos, cosmovisões e iconografias de diversas culturas, a poética de Yaminaah fala de uma natureza que é também imaginação e produção de conhecimento. Nesta investigação que une de forma inusitada o universo, a floresta e as lutas sociais, a artista encontrou na figura de Harriet Tubman uma personagem cuja história entrelaça ativismo, fatos reais e imaginação coletiva. Nascida em 1822, Harriet foi uma abolicionista e ativista norte-americana que, após escapar da escravidão, dedicou sua vida a ajudar outras pessoas escravizadas a encontrar a liberdade, traçando rotas noturnas de fuga em meio à floresta e tomando as estrelas como guias. Registros factuais e lendas se confundem na história de Harriet, que se tornou um ícone na luta antirracista.

Yaminaah nos apresenta Harriet nesta construção ficcional-onírica que fala da busca por liberdade. Na residência Cidade-Floresta, Yaminaah fez um disco de argila inspirado no Disco de Nebra – um achado arqueológico em bronze e ouro que é considerado uma das mais antigas representações do céu. O disco, encontrado na Alemanha em 1999, tem datação estimada em 1600 a.C. e apresenta círculos, semicírculos e pontos que denotam astros celestes. Ao reproduzir o disco em argila, a artista aproxima terra e céu, assim como corpo e imaginação, desfazendo a separação cartesiana entre corpo-mente, um dos temas de seu processo artístico.

O mapa do céu em argila também remete à Harriet sonhada, suas rotas de fuga por liberdade e as visões e sonhos premonitórios popularmente atribuídos a uma lesão craniana que a ativista sofreu por violência quando ainda era jovem. Todas essas camadas reais e imaginárias se expressam sutilmente nas animações circulares que Yaminaah nos apresenta nesta mostra.

Em Chuva de Estrelas, Peter Lamborn Wilson nos conta que: “No Taoísmo, o corpo é literalmente o espaço que será preenchido por raios de estrelas celestes, alquimicamente transformado.” Deslocando o pensamento do autor para o campo arte, podemos pensar que tudo o que é imaginário poderia ser incorporado – e todo corpo pode ser imaginado. Através de sua poética sensível, Yaminaah nos convida à experiência de sermos a um só tempo corpo, céu, floresta e imaginação.

Mari Fraga, 2023.