SEX/02/JUN

14h—14h30
AUDITÓRIO
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Abertura

Abertura e apresentação das pessoas selecionadas para a residência Cidade Floresta.

14h30—16h
AUDITÓRIO
TROCA DE SABERES

A Inteligência das Plantas

Roda de conversa participativa que inspira e encanta a partir de conhecimentos científicos, espirituais, cotidianos e até econômicos em torno do potencial das plantas de transformar nossa vida na cidade.

Com Denilson Baniwa, Mãe Celina, Bella, Luís Cassiano (Teto Verde) e outros

16h—18h
AUDITÓRIO
MESA

O poder da captura

A quem pertence a cidade? Em teoria, a cidade é um território pacificado, lugar do convívio civilizado. A força da Lei se institui para acabar com as guerras infinitas que supostamente atravessavam as sociedades selvagens, num ato violento mas pacificador. Quem mora no Rio de Janeiro, no Brasil e talvez no mundo do Século 21 sabe que não é bem assim. O território da cidade está atravessado por disputas de poderes diferentes, além do soberano: o poder da captura, do saque, da caça, da expulsão e da criminalização. Como a cidade pode organizar e viver seus conflitos de forma não-violenta sem cair na falsa promessa da pacificação?

Com Alexandre Mendes, Iazana Guizzo e Lenin Pires

18h—19h30
AUDITÓRIO
MESA

A floresta é testemunha

O que está escondido atrás da paisagem deslumbrante da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica? Que memórias podem ser reveladas ao cavarmos sob o solo asfaltado e aterrado? Existem lembranças da floresta que precedeu a cidade e vestígios de urbanidades pré-coloniais. Estabelecer uma conexão com o solo é se unir ao seu poder restaurador e regenerativo, à sua rica teia de vida que torna possível a existência de plantas e animais na superfície. O solo é muito mais do que apenas terra – é alimento, é um repositório de informações e um estímulo para a imaginação.

Com Clarissa Moreira e Anita Ekman

SÁB/03/JUN

11h—12h20
AUDITÓRIO
MESA

Reflorestar a democracia

O museu é tradicionalmente um local de acumulação, abrigando tanto objetos físicos quanto o conhecimento que eles simbolizam. Sua origem está enraizada nas práticas da cidadania moderna, convidando visitantes a participar ativamente dos processos de coleta e exibição de realidades diversas. Contudo, este legado é marcado por aspectos coloniais e patriarcais, que têm sido alvo de críticas feministas e decoloniais por décadas. Como podemos organizar os fóruns necessários para “chegar na terra”, nas palavras de Bruno Latour, e reconhecer que “a vida é selvagem”, conforme afirma Ailton Krenak? Como digerir os traumas e erros do passado? Como reflorestar a democracia?

Com Zoy Anastassakis, Wellington Cançado, Lucas Munduruku

14h—16h
GALERIA 4
MESA

Museu Metabólico

Vamos adentrar mais no museu, sair do auditório e ocupar uma sala expositiva. Na arte contemporânea, existe uma abordagem que une arte, geografia, museologia e ativismo, inspirando-nos a realizar uma crítica das instituições públicas, como museus, escolas, parques, entre outros. Qual é o metabolismo de uma instituição, como ela poderia se tornar mais viva, transformadora e conectada com o que tem dentro e fora dela?

Com Renata Marquez e Francy Baniwa

16h—18h
GALERIA 8
IMERSÃO

Orquestrar o acaso

“Orquestrar o acaso” é uma experiência silenciosa de encontro e presença, proposta por Anna Costa e Silva para duplas de pessoas que não se conhecem. O trabalho começará na exposição-caverna Tamagotchi_balé e se desdobrará pelo espaço do Hélio Oiticica, passando pelo ambiente imersivo da Cosmococa no 1º andar até chegar à rua. Agrupadas em duplas, as pessoas participantes recebem um caderno de partituras da artista, para vivenciarem uma espécie de “caça ao tesouro” relacional, que envolve a escuta de sonhos, explorações sensoriais pelo espaço e a partilha de memórias e confissões, desenhadas para cada um dos espaços visitados. É uma provocação que existe como contraponto para a distopia-tecno-algorítmica apresentada em Tamagotchi_balé, propondo, justamente, conexão e abertura para aquilo que escapole das telas – combustões, afetos, estranhezas, mágicas.

Com Anna Costa e Silva

SEG/05/JUN

13h—16h
AUDITÓRIO
OFICINA

Devir fungo! Micélio como método

“Let’s become fungal!” (Vamos nos tornar fungos!, em tradução livre) é mais do que um livro. É uma metodologia e uma maneira de pensar que pode ser ativada em comunidades, redes e organizações. Oferece doze ensinamentos do mundo dos fungos que discutiremos de forma colaborativa e veremos como podemos aplicá-los em nossas vidas, maneiras de trabalhar e maneiras de ser. De uma meditação micelial a leituras coletivas e exercícios de biomimética, as oficinas são adequadas para qualquer pessoa que esteja interessada em descobrir o que podemos aprender do mundo com os fungos.

Com Yasmine Ostendorf-Rodríguez

Participantes

Alexandre Mendes

Professor Associado da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Doutor em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ (2012). Mestre em Criminologia e Direito Penal pela Universidade Cândido Mendes (2007). Pós-Doutor em Filosofia pela Université Paris-Ouest Nanterre la Défense (2018). Possui graduação em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foi Defensor Público do Estado do Rio de Janeiro entre 2006 e 2011, tendo atuado no Núcleo de Terras e Habitação (2007-2011). Linhas de pesquisa: Direito e Filosofia Política; Filosofia do Direito, Direito, Arte e Literatura. Publicou o livro Vertigens de Junho: os levantes de 2013 e a insistência de uma nova percepção (Revan, 2018). Publicou, com Bruno Cava, os seguintes livros: A vida dos direitos. Violência e Modernidade em Foucault e Agamben.

Anita Ekman

Anita Ekman é artista visual e performance brasileira, curadora e pesquisadora de arte rupestre, pré-colonial e História Ambiental. Suas performances colaborativas em sítios arqueológicos e em coleções de museus analisam o Mundo Atlântico e o papel das mulheres na história da Amazônia e Mata Atlântica. Como pesquisadora e artista, ministrou palestras em universidades como Harvard, Indiana e Tufts e suas obras foram publicadas em websites como MoMA, Harvard's Peabody Museum, Od Review e Select. Anita Ekman é co-curadora com Sandra Benites da exposição Ka'a Body: Cosmovision of the Rainforest realizadas em Paradise Row (2021) em Londres e Radicantes em Paris (2022) e Ore ypy rã - Tempo de Origem no MAM Rio (2023). Junto com Sandra Benites recebeu a Bolsa de Artes Visuais 2021 do Consulado da França no Rio de Janeiro e do Goethe-Institute e do Clark Art Institute (USA) o Fellow Summer 2023.

Anna Costa e Silva

Anna Costa e Silva (1988, Rio de Janeiro) trabalha a partir de situações construídas entre pessoas, que propõem reformulações dos tecidos sociais e afetivos a partir de processos de escuta. Desde 2012, pesquisa o estado de encontro como força motriz para a criação de seus trabalhos, vivendo num constante dispositivo de artevida.
Mestra em Artes Visuais pela School of Visual Arts, NY, recebeu prêmios como FOCO Bradesco ArtRio, Bolsa Funarte de Produção Artística, American Austrian Foundation Prize for Fine Arts, foi duas vezes indicada ao Prêmio PIPA e finalista do Marcantonio Vilaça. Em 2022, participou da 13ª Bienal do Mercosul, foi premiada com a residência Terremoto Ubisoft e ganhou a prestigiosa bolsa Franklin Furnace, para realizar um trabalho inédito em Nova York 2023. Atualmente, é artista residente na Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro, pelo projeto Residência Artística Setor Público, realizado pela produtora Automática. Entre suas exposições individuais destacam-se “Assíntotas” na Caixa Cultural, “Éter” no Centro Cultural São Paulo e “Ofereço companhia” na Galeria Superfície.
Participou de exposições coletivas em instituições e galerias como Casa França Brasil, A Gentil Carioca, Oi Futuro, Casa Triângulo, BienalSur, Buenos Aires, Art In Odd Places, NY, Contemporary Art Center, Lituânia, entre outras. É professora do Parque Lage e dirigiu a série “Olhar” sobre arte contemporânea para o Canal Arte1. Tem trabalhos em coleções públicas e privadas, entre elas o MAR – Museu de Arte do Rio e o Instituto Moreira Salles.

BELLA

BELLA (1988) é uma artista sonora que produz arte radiofónica, instalações, performances, composições, trilhas sonoras e vídeos. Ela investiga os aspectos físicos e mágicos do som e da luz e explora as fronteiras entre a audição, o imperceptível e a matéria. Na sua prática, constrói também seus próprios artefatos eletrônicos e facilita workshops.

Clarissa da Costa Moreira

Clarissa da Costa Moreira é arquiteta urbanista, professora associada da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense e coordena o projeto de pesquisa Cidade em aberto sobre os futuros das metrópoles e suas transformações em curso.

Denilson Baniwa

Nascido em Barcelos, no interior do Amazonas, Denilson Baniwa é indígena do povo Baniwa. Atualmente, vive e trabalha em Niterói, no Rio de Janeiro. Como ativista pelo direito dos povos indígenas, realiza, desde 2015, palestras, oficinas e cursos. Em 2018 realizou a mostra “Terra Brasilis: o agro não é pop!”, na Galeria de Arte da Universidade Federal Fluminense, também em Niterói, como parte do projeto “Brasil: A Margem”, promovido pela universidade. No mesmo ano, participou da residência artística da quarta edição do Festival Corpus Urbis, realizada no Oiapoque, no Amapá. Esteve em exposições no Getty Los Angeles, MAM Rio, CCBB, Pinacoteca de São Paulo, CCSP, Centro de Artes Hélio Oiticica, Museu Afro Brasil, MASP, MAR e Bienal de Sidney. Além de artista visual, Denilson é também publicitário, articulador de cultura digital e hackeamento, contribuindo na construção de uma imagética indígena em diversos meios como revistas, filmes e séries de tv. Em 2019 venceu o Prêmio Pipa na categoria online e em 2021 foi um dos vencedores indicados pelo júri.

Francy Baniwa

Francineia Bitencourt Fontes (Francy Baniwa) é mulher indígena, antropóloga, fotógrafa e pesquisadora do povo Baniwa, clã Waliperedakeenai, nascida na comunidade de Assunção, no Baixo Rio Içana, na Terra Indígena Alto Rio Negro, município de São Gabriel da Cachoeira/AM. Engajada nas organizações e no movimento indígena do Rio Negro há uma década, atua, trabalha e pesquisa nas áreas de etnologia indígena, gênero, organizações indígenas, conhecimento tradicional, memória, narrativa, fotografia e audiovisual.
É graduada em Licenciatura em Sociologia (2016) pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). É mestra (2019) e doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAS-MN/UFRJ). É pesquisadora do Laboratório de Antropologia da Arte, Ritual e Memória (LARMe) e do Núcleo de Antropologia Simétrica (NAnSi) da UFRJ, e do Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena (NEAI) da UFAM.

Iazana Guizzo

Iazana Guizzo é arquiteta e urbanista. Doutora em urbanismo pela UFRJ e autora do livro “Reativar Territórios: o corpo e o afeto na questão do projeto participativo”. Atua como professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realizou doutorado-sanduíche no Institut d'Urbanisme de Paris (2012 e 2013). Mestre pelo programa de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense (2008). É formada no curso técnico de bailarino contemporâneo pela Escola Angel Vianna-RJ (2009-2011). Atuou como arquiteta e urbanista na Prefeitura de Nova Iguaçu-RJ (2006 a 2009). Participou da equipe de elaboração dos planos diretores de Nilópolis e São João de Meriti, RJ (2006). Em 2013 fundou o escritorio de arquitetura A Terceira Margem.

Lenin Pires

Antropólogo, professor do Depto de Segurança Pública da UFF e diretor do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (IAC/UFF). Pesquisador de Produtividade 2 do CNPq, Jovem Cientista do Nosso Estado/FAPERJ e pesquisador associado ao INCT-InEAC. Desenvolve estudos sobre circuitos e circularidade urbanas focalizando as rimbricações das relações sociais envolvendo os chamados mercados informais, práticas relacionadas à segurança pública e organização de transportes urbanos. Em perspectiva, relações entre direito, economia e política.

Lucas Munduruku

Lucas Munduruku é artesão, educador, escritor e pesquisador de filosofias indígenas no Laboratório de Africologia e Estudos Ameríndio Geru Maa, UFRJ. Ativista e morador da comunidade Aldeia Maracanã – onde funciona a Universidade Indígena Aldeia Maracanã – desenvolve cursos, aulas, palestras e oficinas com protagonismo indígena, partindo da perspectiva da arte e ancestralidade, com o objetivo de reflorestar territórios-corações.

Luís Cassiano

Ativista cultural e educador verde, morador do Parque Arará, com experiência em produção de teatro, cinema e música, desde 2014 é uma referência em criar telhados verdes em favelas, hortas urbanas e outras ações sustentáveis pela periferia da cidade com o objetivo de transformar uma ilha de calor urbana através da cobertura verde, tornando a área mais agradável para se viver. Participa da Rede Favela Sustentável.

Mãe Celina de Xangô

Mãe Celina de Xangô é gestora do Centro Cultural Pequena África há treze anos. Durante os anos de 2011 e 2012, foi convidada pelo Departamento de Arqueologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, através da professora Tânia Andrade Lima, a participar do reconhecimento de objetos africanos encontrados nas escavações do Cais do Valongo, localizado na Zona Portuária do Rio de Janeiro e que recebeu o título de Patrimônio Histórico da Humanidade dado pela UNESCO, por ser o único vestígio material da chegada dos africanos escravizados nas Américas. No ano de 2016, Mãe Celina de Xangô recebeu no Benin, o cargo de Egum gum dentro do culto Vodu e foi consagrada Princesa da corte real de Kpassenon, em Ouidah. Mãe Celina de Xangô foi criada por suas ancestrais buscando ervas para fazer xaropes, banhos, chás e aprimorou os seus conhecimentos no candomblé. Nos últimos anos, deu início ao projeto de oficina "O Poder das Ervas" para cumprir parte de sua missão de dividir os ensinamentos de autoproteção, prosperidade e cuidado através da sabedoria dos Orixás.

Renata Marquez

Renata Marquez é artista plástica e arquiteta-urbanista, doutora em geografia com pós-doutorado em antropologia, é professora dos cursos de Arquitetura e Design, do Programa Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo e da Formação Transversal em Saberes Tradicionais na UFMG, onde integra o grupo de pesquisa Cosmópolis (CNPq). Foi curadora do Museu de Arte da Pampulha. Pesquisa as interfaces entre arte, arquitetura, geografia e antropologia com outras epistemologias estéticas. É autora de Geografias Portáteis: Ensaio Geográfico de Crítica de Arte. (www.geografiaportatil.org) e organizou, dentre outros, os livros Escavar o Futuro, Mundos Indígenas e Habitar o Antropoceno (www.bdmgcultural.mg.gov.br/acervo-biblioteca). É editora de PISEAGRAMA, plataforma editorial dedicada a pensar outros mundos possíveis em aliança com coletivos urbanos, LGBTQIA+, afro e indígenas (www.piseagrama.org).

Wellington Cançado

Wellington Cançado é arquiteto-urbanista e professor dos cursos de Arquitetura e Design na UFMG, onde integra o grupo de pesquisa Cosmópolis (CNPq). Coordenou o programa Urbe Urge: Respostas à Emergência Climática, foi curador do projeto Seres-Rios (https://seresrios.org) e dos encontros Os Fins do Mundo na Feira Plana e Antropoceno na 12ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. Organizou, dentre outros, os livros Escavar o Futuro, Urbe Urge, Seres-rios e Habitar o Antropoceno (www.bdmgcultural.mg.gov.br/acervo-biblioteca). Pesquisa as relações entre as metamorfoses urbanas, os impasses do design e as cosmopolíticas do Antropoceno. É membro do coletivo Ruinorama e editor de PISEAGRAMA, plataforma editorial dedicada a pensar outros mundos possíveis em aliança com coletivos urbanos, LGBTQIA+, afro e indígenas (www.piseagrama.org).

Yasmine Ostendorf-Rodríguez

Yasmine Ostendorf-Rodríguez, nascida em Amsterdã e radicada na Cidade do México, é curadora, escritora e investigadora que trabalha na intersecção da arte e da ecologia. É a fundadora da Green Art Lab Alliance (criada em 2012), uma rede que inclui sessenta organizações artísticas na Europa, América Latina e Ásia. A missão da aliança é promover relações que contribuam para a justiça social e ambiental, à semelhança da natureza interconectada do micélio. Ao longo de mais de uma década, conduziu pesquisas em toda a Ásia (Oriental), América Latina e Europa, concentrando-se em artistas que propõem formas alternativas de viver e trabalhar, levando, em última análise, a comunidades e sistemas mais resilientes. Trabalhou para organizações como Julie's Bicycle (Reino Unido), Asia-Europe Foundation (Singapura), Cape Farewell (Reino Unido), Labverde (Brasil) e TransArtists (Holanda) e escreveu para várias revistas internacionais. Fundou o Departamento de Investigação da Natureza na Jan van Eyck Academie (Países Baixos), o Van Eyck Food Lab (2018) e o Future Materials Bank (2020), uma base de dados de código aberto de materiais sustentáveis para artistas. Foi curadora em residência em várias instituições de arte, incluindo Kunst Haus Wien (Áustria, 2017), Capacete (Brasil, 2019-2020), Valley of the Possible (Chile, 2022), Bamboo Curtain Studio (Taiwan, 2015-2016) e colectivo amasijo (México, 2021). Ela é uma autoproclamada "micófila", explorando a aplicação de uma lente micológica na definição de modelos justos de colaboração e (auto) organização. O seu livro de estreia, "Let's Become Fungal! Mycelium Teachings and the Arts", que partilha 12 ensinamentos do mundo dos fungos, sai em Maio de 2023 e é publicado pela Valiz.

Zoy Anastassakis

Zoy Anastassakis (1974) é Bacharel em Design (Escola Superior de Desenho Industrial, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 1999), Mestre e Doutora em Antropologia (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2007 e 2011). É professora adjunta e ex-diretora da Escola Superior de Desenho Industrial, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Esdi/UERJ), onde coordenada do Laboratório de Design e Antropologia (LaDA), grupo de pesquisa certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. É membro da Research Network for Design Anthropology. Desde 2009, atua como professora e pesquisadora, seja na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Rio Grande do Sul), ou na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde, desde 2012, é professora adjunta. Entre 2014 e 2015, coordenou projeto de cooperação bilateral entre o LaDA e o Codesign Research Center, da Royal Danish Academy of Fine Arts, Copenhagen, Dinamarca. Em 2018, foi pesquisadora visitante no Departamento de Antropologia da Universidade de Aberdeen, Escócia, onde tomou parte das atividades do projeto “Knowing from the inside: Anthropology, Architecture, Arts and Design”, coordenado pelo antropólogo britânico Tim Ingold. Desde abril de 2019, é investigadora colaboradora no Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA, Universidade Nova de Lisboa). Publicou os livros “Triunfos e Impasses: Lina Bo Bardi, Aloisio Magalhães e o design no Brasil” (Lamparina Editora, 2014), “Refazendo tudo: confabulações em meio aos cupins na universidade” (Zazie Edições, 2020) e “Everyday Acts of Design: Learning in a Time of Emergency” (Bloomsbury, 2022), este em co-autoria com Marcos Martins. Em 2020, fundou o programa de estudos independentes em humusidades.