14h—14h30
AUDITÓRIO
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Abertura
Abertura e apresentação das pessoas selecionadas para a residência Cidade Floresta.
14h30—16h
AUDITÓRIO
TROCA DE SABERES
A Inteligência das Plantas
Roda de conversa participativa que inspira e encanta a partir de conhecimentos científicos, espirituais, cotidianos e até econômicos em torno do potencial das plantas de transformar nossa vida na cidade.
Com Denilson Baniwa, Mãe Celina, Bella, Luís Cassiano (Teto Verde) e outros
16h—18h
AUDITÓRIO
MESA
O poder da captura
A quem pertence a cidade? Em teoria, a cidade é um território pacificado, lugar do convívio civilizado. A força da Lei se institui para acabar com as guerras infinitas que supostamente atravessavam as sociedades selvagens, num ato violento mas pacificador. Quem mora no Rio de Janeiro, no Brasil e talvez no mundo do Século 21 sabe que não é bem assim. O território da cidade está atravessado por disputas de poderes diferentes, além do soberano: o poder da captura, do saque, da caça, da expulsão e da criminalização. Como a cidade pode organizar e viver seus conflitos de forma não-violenta sem cair na falsa promessa da pacificação?
Com Alexandre Mendes, Iazana Guizzo e Lenin Pires
18h—19h30
AUDITÓRIO
MESA
A floresta é testemunha
O que está escondido atrás da paisagem deslumbrante da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica? Que memórias podem ser reveladas ao cavarmos sob o solo asfaltado e aterrado? Existem lembranças da floresta que precedeu a cidade e vestígios de urbanidades pré-coloniais. Estabelecer uma conexão com o solo é se unir ao seu poder restaurador e regenerativo, à sua rica teia de vida que torna possível a existência de plantas e animais na superfície. O solo é muito mais do que apenas terra – é alimento, é um repositório de informações e um estímulo para a imaginação.
Com Clarissa Moreira e Anita Ekman
SÁB/03/JUN
11h—12h20
AUDITÓRIO
MESA
Reflorestar a democracia
O museu é tradicionalmente um local de acumulação, abrigando tanto objetos físicos quanto o conhecimento que eles simbolizam. Sua origem está enraizada nas práticas da cidadania moderna, convidando visitantes a participar ativamente dos processos de coleta e exibição de realidades diversas. Contudo, este legado é marcado por aspectos coloniais e patriarcais, que têm sido alvo de críticas feministas e decoloniais por décadas. Como podemos organizar os fóruns necessários para “chegar na terra”, nas palavras de Bruno Latour, e reconhecer que “a vida é selvagem”, conforme afirma Ailton Krenak? Como digerir os traumas e erros do passado? Como reflorestar a democracia?
Com Zoy Anastassakis, Wellington Cançado, Lucas Munduruku
14h—16h
GALERIA 4
MESA
Museu Metabólico
Vamos adentrar mais no museu, sair do auditório e ocupar uma sala expositiva. Na arte contemporânea, existe uma abordagem que une arte, geografia, museologia e ativismo, inspirando-nos a realizar uma crítica das instituições públicas, como museus, escolas, parques, entre outros. Qual é o metabolismo de uma instituição, como ela poderia se tornar mais viva, transformadora e conectada com o que tem dentro e fora dela?
Com Renata Marquez e Francy Baniwa
16h—18h
GALERIA 8
IMERSÃO
Orquestrar o acaso
“Orquestrar o acaso” é uma experiência silenciosa de encontro e presença, proposta por Anna Costa e Silva para duplas de pessoas que não se conhecem. O trabalho começará na exposição-caverna Tamagotchi_balé e se desdobrará pelo espaço do Hélio Oiticica, passando pelo ambiente imersivo da Cosmococa no 1º andar até chegar à rua. Agrupadas em duplas, as pessoas participantes recebem um caderno de partituras da artista, para vivenciarem uma espécie de “caça ao tesouro” relacional, que envolve a escuta de sonhos, explorações sensoriais pelo espaço e a partilha de memórias e confissões, desenhadas para cada um dos espaços visitados. É uma provocação que existe como contraponto para a distopia-tecno-algorítmica apresentada em Tamagotchi_balé, propondo, justamente, conexão e abertura para aquilo que escapole das telas – combustões, afetos, estranhezas, mágicas.
Com Anna Costa e Silva
SEG/05/JUN
13h—16h
AUDITÓRIO
OFICINA
Devir fungo! Micélio como método
“Let’s become fungal!” (Vamos nos tornar fungos!, em tradução livre) é mais do que um livro. É uma metodologia e uma maneira de pensar que pode ser ativada em comunidades, redes e organizações. Oferece doze ensinamentos do mundo dos fungos que discutiremos de forma colaborativa e veremos como podemos aplicá-los em nossas vidas, maneiras de trabalhar e maneiras de ser. De uma meditação micelial a leituras coletivas e exercícios de biomimética, as oficinas são adequadas para qualquer pessoa que esteja interessada em descobrir o que podemos aprender do mundo com os fungos.
Com Yasmine Ostendorf-Rodríguez
Participantes
Mestra em Artes Visuais pela School of Visual Arts, NY, recebeu prêmios como FOCO Bradesco ArtRio, Bolsa Funarte de Produção Artística, American Austrian Foundation Prize for Fine Arts, foi duas vezes indicada ao Prêmio PIPA e finalista do Marcantonio Vilaça. Em 2022, participou da 13ª Bienal do Mercosul, foi premiada com a residência Terremoto Ubisoft e ganhou a prestigiosa bolsa Franklin Furnace, para realizar um trabalho inédito em Nova York 2023. Atualmente, é artista residente na Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro, pelo projeto Residência Artística Setor Público, realizado pela produtora Automática. Entre suas exposições individuais destacam-se “Assíntotas” na Caixa Cultural, “Éter” no Centro Cultural São Paulo e “Ofereço companhia” na Galeria Superfície.
Participou de exposições coletivas em instituições e galerias como Casa França Brasil, A Gentil Carioca, Oi Futuro, Casa Triângulo, BienalSur, Buenos Aires, Art In Odd Places, NY, Contemporary Art Center, Lituânia, entre outras. É professora do Parque Lage e dirigiu a série “Olhar” sobre arte contemporânea para o Canal Arte1. Tem trabalhos em coleções públicas e privadas, entre elas o MAR – Museu de Arte do Rio e o Instituto Moreira Salles.
É graduada em Licenciatura em Sociologia (2016) pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). É mestra (2019) e doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAS-MN/UFRJ). É pesquisadora do Laboratório de Antropologia da Arte, Ritual e Memória (LARMe) e do Núcleo de Antropologia Simétrica (NAnSi) da UFRJ, e do Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena (NEAI) da UFAM.